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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sobre gentilezas

Voltei a usar chapéu. 
Sempre que saio para caminhar coloco um panamá estilo Tom Jobim que ganhei de um amigo mineiro.
O curioso é que enquanto caminho as pessoas que passam por mim me olham 
longamente  e me cumprimentam.

Estranho como o chapéu causa esse surto de civilidade e gentileza numa cidade em que a maioria das pessoas não cumprimenta  os vizinhos, tampouco  o porteiro ou as pessoas no elevador, infelizmente.

Ainda não sei o que causa esse impulso gentil, se o fato do chapéu chamar a atenção e, após me encararem, as pessoas, constrangidas, sem saber o que fazer acabam me dizendo um olá ou sorrindo,ou se há uma simpatia nostálgica pelo acessório que remete aos artistas dos anos 40, ao cinema, aos boêmios, aos sambistas, aos avós...será a alma do meu amigo mineiro impregnada no presente?! Ele é repleto de vida,gentileza e simpatia.
Será tudo isso junto? Vai saber!?

 Só sei que usar um chapéu pode despertar gentilezas.
 Achei a descoberta surpreendente!

2 comentários:

Tercio disse...

A gentileza transpira e evapora dos muito gentis e pega nos desavisados que passam a ser gentis também.

Ser gentil com você - de chapéu - nada mais é do que o reflexo do que emana de você.

Aliás, ser gentil deveria ser obrigação constitucional...

Adriana Florence disse...

Certamente esse foi um comentário gentil...E concordo: deveria mesmo ser obrigação constitucional!
Como dizia o poeta Gentileza: Gentileza gera Gentileza.